ARACEAE

Philodendron hatschbachii Nadruz & Mayo

Como citar:

; Tainan Messina. 2012. Philodendron hatschbachii (ARACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

NT

EOO:

46.666,016 Km2

AOO:

108,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

A espécie é encontrada nos Estados Rio de Janeiro e Espírito Santo (Sakuragui et al., 2012), podendo ocorrer em elevações de até 1.000 m (Coelho, 2000)

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador:
Revisor: Tainan Messina
Categoria: NT
Justificativa:

<i>Philodendron hatschbachii</i> é uma espécie emregiões elevadas da Floresta Atlântica, nos Estados do Rio de Janeiro e EspíritoSanto, em diferentes unidades de conservação (SNUC). A espécie tem sido encontrada nanatureza, com recentes registros em coleções biológicas. Com EOO superior a 40.000 km² e diferentes situações de ameaça, especialmente no Estadodo Espírito Santo, é categorizada como "Quase ameaçada" (NT).

Perfil da espécie:

Obra princeps:

A espécie apresenta lâmina foliar de oval a triangular, similar a P. millerianum e P. fragile. Difere porque P. hatschbachii apresenta inflorescência curvada e 10-12 lóculos de ovário enquanto que P. fragile apresenta inflorescência em linha reta e 7-9 lóculos de ovário (Sakuragui; Mayo; Zappi, 2005).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

População:

Flutuação extrema: Sim
Detalhes: A EOO é menor que 100 km² (Sakuragui et al, 2005).

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica
Fitofisionomia: Floresta pluvial atlântica montana (Coelho, 2000)
Habitats: 1.9 Subtropical/Tropical Moist Montane
Detalhes: A espécie ocorre em regiões elevadas de Mata Atlântica, com distribuição dispersa. Os locais de ocorrência são úmidos e sombreados, tais como encostas de montanha (Sakuragui et al., 2005).

Ameaças (2):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
As populações do Espírito Santo estão altamente em risco pois muito da vegetação original tem sido destruída e a espécie não registra nenhuma coleta desde 1985 (Sakuragui et al., 2005).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
6 Pollution (affecting habitat and/or species)
O início do processo de ocupação do Vale do Rio Macaé, RJ, remonta aos anos 1820, quando o projeto de colonização planejada iniciou na fazenda Morro Queimado, atual município de Nova Friburgo. O ciclo de café e cana de açúcar passaram pelo local mas as condições climática não propícias desestimularam a permanência dessa culturas ao longo do século XIX. Passou-se então a desenvolver uma agricultura de subsistência e de base familiar em pequenas e médias propriedades, dedicadas ao feijão, mandioca, hortaliças e em menor quantidade, à criação de animais (Mendes, 2010; Corrêa, 2008). As metodologias para aumento da produtividade levaram os produtores a utilizarem defensivos agrícolas que causaram alterações no equilíbrio físico, químico e biológico do solo, aumentando a susceptibilidade das lavouras ao ataque de pragas e doenças, contaminação dos recursos naturais e dos alimentos. Tais danos ambientais reduziram a produtividade das lavouras e obrigaram os agricultores a entrarem num ciclo vicioso de utilização cada vez maior de insumos perigosos ao meio ambiente que diminuem o potencial produtivo do solo. Devido a beleza paisagística do local, as práticas agrícolas estão cada vez mais sendo substituídos por atividades vinculadas ao turismo, tais como à construção civil, o comércio e prestação de serviços para atenderem as novas demandas da região (Mendes, 2010).

Ações de conservação (2):

Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
Presente na Lista vermelha daflora do Espírito Santo (Simonelli; Fraga, 2007), na categoria "Em perigo" (EN).
Ação Situação
4.4 Protected areas on going
A espécie esta protegida nas seguintes unidades de conservação (SNUC): RPPN Morro da Vargem, Reserva Biológia Augusto Ruschi, ES, Parque Estadual Desengano, Reserva Ecológica de Macaé de Cima, RJ.